Lançada em 2011, Game of Thrones se tornou rapidamente um fenômeno mundial. Baseada nos livros As Crônicas de Gelo e Fogo de George R.R. Martin, a série ganhou destaque por sua trama cheia de traições, batalhas e reviravoltas, conquistando diversos prêmios ao longo de suas oito temporadas.
O autor não tirou toda essa complexidade do nada: ele buscou inspiração em uma guerra real, que marcou a história da Inglaterra — a Guerra das Rosas.
A verdadeira guerra por trás de Westeros
Entre meados do século XV, duas famílias poderosas, os York e os Lancaster, iniciaram uma violenta disputa pelo trono inglês. Ambas descendiam da dinastia Plantageneta e tinham direito legítimo à coroa. Cada lado era representado por uma flor: a rosa branca para York e a rosa vermelha para Lancaster.
O conflito começou anos antes, com a morte do rei Eduardo III, que deixou para trás uma sucessão frágil. Seu neto, Ricardo II, subiu ao trono ainda jovem e foi deposto por Henrique IV, da Casa Lancaster — uma mudança que os York nunca aceitaram.
Durante décadas, a Inglaterra foi cenário de batalhas sangrentas, golpes de Estado e alianças que duravam pouco. O poder mudava de mãos com frequência: Eduardo IV tomou o trono para os York, mas, após sua morte, novas guerras eclodiram. Ricardo III, seu sucessor, acabou derrotado na Batalha de Bosworth em 1485 por Henrique Tudor, que daria início à dinastia Tudor ao se casar com Elizabeth de York, unindo simbolicamente as duas casas.
A brutalidade, as conspirações e as mudanças de lealdade vistas em Game of Thrones refletem muito desse período histórico, onde nenhum trono estava garantido e a traição era apenas parte do jogo.