A ficção de Black Mirror está mais próxima da realidade do que parece?
No episódio “Pessoas Comuns”, da nova temporada de Black Mirror, um implante cerebral fictício, chamado Rivermind, permite que uma pessoa continue “viva” através de servidores externos. A proposta parece exagerada, mas encontra paralelos em tecnologias que já estão em desenvolvimento no mundo real.
Hoje, empresas como a Neuralink trabalham em dispositivos que conectam o cérebro humano a máquinas, com o objetivo de devolver movimentos ou facilitar a comunicação. Os primeiros testes em humanos já foram aprovados, e isso mostra que estamos mais perto do que imaginamos de uma integração homem-máquina.
Outro ponto curioso do episódio é a cobrança por assinatura para manter o funcionamento do sistema. Isso reflete uma crítica clara ao modelo de negócios baseado em dependência digital — algo comum em aplicativos, plataformas de streaming e até softwares médicos. A ficção aponta para uma realidade onde a vida pode estar atrelada a um pagamento mensal.
Onde começa o limite?
Mesmo que a tecnologia da série ainda esteja distante, as discussões que ela provoca são urgentes. Privacidade, ética, desigualdade no acesso e a ideia de que até a sobrevivência possa ser vendida como serviço — tudo isso já é pauta em debates sobre inovação.
Black Mirror segue provocando reflexões importantes: será que estamos prontos para lidar com os impactos sociais e psicológicos das próximas gerações de tecnologia?